O cinema brasileiro [ainda] é mais depoimento antropológico do que sétima arte.
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A palavra falada
Não basta amar
Como pensava
Amar não basta
A vida também é palavra

Amo e pronto:
Está acabado!
Que nada...
O amor começa ao enunciado

Não basta amar
A... Ver mais
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Para uma fenomenologia da palavra (III)
A enunciação referida, porém, cabe frisar, não é um descarrego, não é um vomitar sobre o outro as suas prioridades, nem tampouco um jato de confissão, açodado e... Ver mais
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Os sofredores contam vantagem ao contrário.
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Os escalpos do Cristo
Não corro
Parado ao meio do pátio
À espera de ser abatido
Enquanto grita a sirene
Já não tenho por mim
Aquela admiração essencial
Que leva um homem
A suportar... Ver mais
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Felicidade & honestidade
Nem todos podemos ser felizes, a partir de determinado ponto. Erros cumulam-se ao caminho e acabam por desvirtuá-lo, integralmente. Todavia, como ensina Machado de Assis, em Casa v... Ver mais
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Não amo o cabeludo por sua promessa de vida eterna, e sim pelo que diz e pode ser empiricamente verificado nessa vida.
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Dois ou três versos de Quintana ao poeta desconhecido

Vago pela casa,
Insone e sem lugar
Tal qual estou neste mundo

Em sua cama, uma mulher
Que é minha, abre-me seu coração
E pernas<... Ver mais
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As três quedas de Deus

A falibidade de Deus, cuja existência admito em minhas dúvidas e hesitações de racionalista empedernido, pode ser apontada até mesmo por um reles mo... Ver mais

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Não há como tocar berimbau de camisa...
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Não conta pra ninguém que eu te amo tanto

não conta pra ninguém que eu te amo tanto
que varo a noite em claro a só pensar em ti
não conta que nós dois vivemos como tontos
e que sabemos bem ... Ver mais
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A pílula rosa
Quero crer no amor como uma fisiologia, uma secreção hormonal qualquer que, suponho, pelas supra-renais ou talvez pela hipófise ou mesmo pela pituitária, derrame ao corpo seu manso furor. Es... Ver mais
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Poucos são os namoros juvenis que resistem a férias...
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Sonolência
sua inocência
me cansa
soa-me mais
sonolência
e menos
andança

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A quintessência do Quintana
O que gosto no Quintana é que ele é imperfeito, antiapolíneo, dionisíaco, celebra a vida e a morte como coisas sem maiores solenidades, malgrado sua substancial importância. ... Ver mais
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O que parece sincero no homem é mera questão de anatomia funcional.
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Coração de vidro
dou-te
coração de vidro
onde vês o fundo
do que é sentido
tu doída de ciúmes
doida com perfumes
que cabem neste vidro...
queres coração de chumbo
assim, não ... Ver mais
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Pão de nuvem
Há tanto trabalho disponível quanto mais fazemos arte, mesmo que não seja da melhor qualidade, há tanta energia afirmativa envolvida, não obstante nossas obscuridades, que valeria a pena a p... Ver mais
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Só existe um lugar efetivamente confortável para o escritor: é o coração do leitor. Bate-se à porta por anos a fio...
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Quarteto de cordas
Toca violino ao meu ouvido o pernilongo
Eu aqui sozinho neste quarto de dormir
Vejo-o na parede e o esmago contra a sombra
Logo surge outro sobrevoa-me a zunir

Voa pelo quart... Ver mais
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Aos amigos, as batatas!
A elite brasileira é muito engraçada. De Sorbonne até o pescoço. Espaço na mídia, dinheiro na conta. Os justos. Os letrados. Bons nomes, bons copos, bons papos. Tutto bonna gen... Ver mais
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Quando o mestre está pronto, o discípulo aparece.
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Tijolo
Estiolo o tijolo
Elido a lida
Escoimo a coifa
Esfumo a faina
Esfaimo a fome
E vivo a vida
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Voz no labirinto
Uma das tarefas recorrentes da atividade artística, qualquer que seja ela, é explicar-se a si e ao outro. É que a linguagem, qualquer linguagem, é metalinguística por excelência. E por e... Ver mais
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A santa e a cadela. Certos homens não vivem sem elas.
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