Sou uma pessoa relativamente aberta, mas há coisas que não digo nem a mim.
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Flor à sombra do abismo
irrompe como desejo
permanece como aflição
e das mãos escapa
como fruto proibido
como vento que solapa
o espinheiro perdido
entre falésias, escarpas
de um roch... Ver mais
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Inconsciência (I parte)
Quando falamos em curso do destino, creio, estamos falando em inconsciência. Inconsciência das motivações atávicas, de foro instintual, mas também histórico, vez que o gesto hum... Ver mais
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Quando olho para uma mulher desejável, lembro-me logo do Prêmio Nobel de economia Milton Friedman: não existe almoço grátis...
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Outros amores virão
Ah? Se tu soubesses
O jeito como te amei
Sem que tu soubesses
O jeito como te amei

Ah? Se eu soubesse
Que era tão bom amar
E mais teria te amado
Sem medo de me ma... Ver mais
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A César o que é de César
Instalada em um subúrbio a leste de Bagdá, numa espécie de Ciep iraquiano, sem o charme da grife Oscar Niemeyer, sob o comando, porém, do charmoso Sérgio Vieira de Mello, a mis... Ver mais
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Meu verdadeiro diálogo é solilóquio; o mais são despretensiosas tentativas de comunicação...
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Mandinga
se depender da minha mandinga
o pau desse gringo vai cair
o colhão do puto, uma moringa
as pregas bichadas de luzir
a depender da minha macumba
seu nome dentro do cu do sapo
a líng... Ver mais
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O inimigo de si mesmo
O fato de que existimos é bastante mais frágil do que desejaríamos do ponto de vista de nossa própria existência. Basta uma noite nos tempos para que nossas vidas esfumem, tragadas p... Ver mais
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O Universo nada mais é do que a história de Deus.
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Logro
Muitas vezes, em vão, eu me pergunto
Pela natureza de meu destino
Será que nasci defunto
Ou será que morro menino

Escrever é inútil, pueril, insensato
Parecem grunhir as vozes da ... Ver mais
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Inconsciência (II parte)
Portanto, creio, o amor confunde-se com a verdade, quando não é ele mesmo o impulso construtor - ou, se preferimos, desvelador - da verdade.

Refiro-me, por óbvio, à verdad... Ver mais
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Temos medo de amar e perder, mas só perde quem nunca amou.
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O poeta que não rima
Depois do expediente
Eu doente de mim mesmo
Corro a esmo ao caderno
E deito, sempiterno
Mais um verso de ocasião
Canto louvores
Sopro loas
A poesia boa vem do coraç... Ver mais
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A merda e a água
Aqui, no infinitamente pequeno, onde habito e entrevo os dias à espera do ocaso de meus olhos, há coisas curiosas de se anotar, a ignorância, por exemplo, todos os oceanos para uma gota d... Ver mais
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Navegar é preciso. Viver é impreciso.
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O canto da sereia
eu fiquei do mar
lançando mil sinais
pra tua embarcação
não se soltar do cais
na minha direção
eu fiquei do mar
piscando mil faróis
mas foi tudo em vão
teus se... Ver mais
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Uma lágrima por Gabriela
Guardo a ilusão - provavelmente por conta da atividade intelectual, será? - da utilidade do pensamento como instrumento de reflexão social, mesmo em um tempo circuitado como este e... Ver mais
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Serão precisos vinte séculos para expiar o século XX...
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Tanajura girl
A tanajura é bela!
Não é ela que carrega a bunda
Mas, a bunda que carrega ela
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Espaço público de cultura
Penso que a primeira coisa a caracterizar um espaço público de cultura deva ser sua acessibilidade. Em dois sentidos: quanto à sua localização geográfica e quanto às suas tax... Ver mais
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A esperança nunca se deu bem com sua prima-irmã a ilusão...
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Oh, Lord!

(para Manuel Bandeira)

Oh, Lord!
O que me reservas
É tão grande que me excede de todo
Ou mínimo tanto que não consigo sequer apanhar com a mã... Ver mais

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Para uma fenomenologia da palavra (II)
Não! Essa imagem do enterrado vivo não interessa à minha subjetividade. A esperança não pertence ao meu espólio de expetctativas. Meu patrimônio resume-se ao meu p... Ver mais
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Não por acaso o jogo dos solitários chama-se paciência...
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