Nova Friburgo

Nova Friburgo ou simplesmente Friburgo ou então Friba ou ainda Fri, onde estamos por nossos pecados (para usar a saborosa construção de Juan Carlos Onetti, em A vida breve), é uma cidade, como qualquer outra, apreciada por seus visitantes, que babam qualidades inúmeras, e amada por seus filhos com aquelas restrições naturais decorrentes do cansaço do convívio.

Mudou demais ao longo dos últimos trinta anos, a partir de 1980. Seu parque têxtil tradicional, construções imensas, quebrou lenta e definitivamente, e deu origem a uma miríade de confecções de fundo de quintal, boa parte das Sirubas comprada com a indenização das demissões, o que refez, aos trancos e barrancos, a sua economia.

O mesmo aconteceu também com o setor metal-mecânico, pulverizado em pequenas e operosas oficinas, também em decorrência da quebra de grandes indústrias que caracterizaram a cidade ao longo do século XX, apesar de seu aspecto bucólico, de uma extensa (e ativa) área rural e de seu ar provinciano.

Atualmente, Friburgo responde por 20% da produção nacional de moda íntima e o mesmo percentual de artigos de serralheria, de tal modo que parte dos brasileiros que bisbilhota a quase nudez de uma fêmea reclusa em sua alcova, o faz de olho na produção friburguense de calcinhas e de... buracos de fechaduras!

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